Felicidade

Apesar da gestação ser exclusiva da mulher, vivê-la sozinha é quase impossível. De alguma forma, é preciso dividir esse momento com alguém. O pai do bebê, o companheiro [mesmo que não seja o genitor], a família, os amigos, médicos, enfermeiros, ... Todos participam um pouquinho.

Não tenho tido o prazer de ter o meu companheiro [e pai do meu filho] ao meu lado, fisicamente. Ele precisou ficar no Norte, trabalhando. "Alguém tem que comprar o leite do menino" [kkkkkkkk isso é desde a pré-história!] Sendo assim, buscamos compartilhar a espera por meio de telefonemas e e-mails [e agora o blog]. Falo do que anda acontecendo, dos medos, angústias, desejos, expectativas, das transformações físicas, as consultas do pré-natal. Não tem sido fácil, mas agora sou um pouco a "Mulher Maravilha". Coisa de maternidade.

Resolvemos passar algumas semanas juntos para estreitar ainda mais essa ligação que é, acima de tudo, espiritual. Fomos encumbidos por Deus a tomarmos conta de alguém. A responsabilidade é enorme. Acredito que o amadurecimento dos nossos sentimentos irá tornar tudo mais fácil. Foi uma delícia receber tanto carinho, atenção, cuidados, beijinhos, abraços. Fortalecemos o que há de verdadeiro em nossos corações. Fico imaginando quem pode ter isso durante os nove meses. Espero tê-lo ao meu lado em breve.

Aproveitando o momento da viagem, combinamos de ir juntos saber se o bebê irá se chamar Pedro [escolha do pai] ou Sofia [escolha minha]. Eu já tava curiosa demais! Mas finalmente conseguimos agendar o dia e horário da consulta. Chegando lá na clínica, nada feito. Faltou energia durante um bom tempo do dia e atrasou tudo. Não tem problema, fomos atrás de outra clínica. A gente é brasileiro... sem desistir. Tinha um horário vago. Corremos pra lá.